quarta-feira, agosto 31, 2011

A Necessidade de Movimento do Corpo Humano / Autor: Valdir J. Barbanti


     De muitas maneiras pode se comparar o corpo humano como uma máquina, tal como um carro. A máquina converte uma forma de energia em outra na execução de um trabalho. Do mesmo modo, uma pessoa converte energia química em mecânica no processo de andar, correr, saltar dançar, jogar bola.
     Ela pode, como uma máquina, aumentar a intensidade da ação pelo acréscimo da proporção de energia que é convertida de uma forma para outra. Assim ela anda mais rápido pelo aumento do metabolismo e pela velocidade de ação dos combustíveis, que dão mais energia para o trabalho muscular.
     Em suas raízes, todas as atividades físicas são baseadas na bioenergética que controla e limita o rendimento nessas atividades.
     Quando o corpo se movimenta, muitos processos fisiológicos e psicológicos ocorrem simultaneamente. Por exemplo, quando alguém corre aumenta a contrabilidade e a freqüência dos batimentos do coração; o metabolismo é aumentado; os hormônios são mobilizados; a temperatura corporal é elevada.
Neste sentido, o corpo é uma máquina, afinal, ele é formado por mais de mais de 10 bilhões de células; o esqueleto com mais de 200 ossos que servem de suporte para mais de 600 músculos, comandados por cerca de 11 quilômetros de fibras nervosas e irrigados por mais de 96 milhões de vasos sangüíneos.
     Nosso coração bombeia quase 6.000 litros de sangue a cada dia; os olhos têm cerca de 100 milhões de receptores, os ouvidos contêm mais de 24 mil fibras. Milhares de reações químicas estão acontecendo a cada instante. Ao lado desse fabuloso aparato biológico, existe o cérebro que é capaz de pensar numa velocidade de 800 palavras por minuto; capaz de lembrar eventos do passado como se eles estivessem acontecendo hoje; e capaz de prever eventos que nunca aconteceram, como se eles estivessem realmente acontecendo.
     Embora o corpo possa ser comparado com uma máquina, seria muito simples (e até desumano) considerá-lo somente isso. Ao contrário das máquinas, o corpo tem uma tremenda capacidade de se adaptar aos estresses físicos e com isso melhorar suas funções.
O funcionamento do corpo é mantido por um equilíbrio dinâmico que necessita de atividades para funcionar normalmente. O rompimento do frágil equilíbrio dentro do corpo, causado, por exemplo, por hábitos alimentares errôneos ou deficientes; por padrões de pensamentos negativos; pela vida sedentária, pode resultar (e freqüentemente resulta) em doenças, discordâncias e desordens emocionais.
     Numa sociedade caracterizada por "apertar botões", as tendências modernas, a mecanização, as ocupações sedentárias e o uso generalizado de utensílios domésticos, levaram a uma exigência diminuída da atividade física particularmente no trabalho. Ao mesmo tempo há um aumento espantoso de doenças cardiovasculares.
     Os estudos têm mostrado que o risco de doenças cardiovasculares é aumentado por falta de atividade física satisfatória. A atividade física, principalmente o exercício, o esporte, aumenta o rendimento físico das pessoas. Este aumento está associado com uma melhora na eficiência funcional de todas as células do nosso corpo. Essa eficiência funcional, chamada de APTIDÃO FÍSICA, é geralmente vista como um atributo desejável e positivo para a saúde.
     A atividade física é uma parte integral e complexa do comportamento humano, envolvendo componentes culturais, sócio-econômicos, psicológicos e é dependente de vários fatores como o tipo de trabalho, tipo físico, personalidade, quantidade de tempo livre, possibilidade de acesso a locais e instalações esportivas, etc.
     A capacidade de rendimento do nosso corpo muda continuamente durante a vida.


Bibliografia:
BARBANTI, Valdir J. Aptidão Física Um Convite à Saúde. Editora Manole Dois.